A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada em 1948. Contudo, passados setenta e um anos, os direitos humanos continuam a ser um ideal demasiado distante para uma grande parte da humanidade. O aumento da intolerância, do fanatismo e da violência são linhas fraturantes que atravessam a nossa sociedade, ameaçando uma coexistência pacífica e sustentável.
Quando os direitos humanos estão em perigo, o futuro dos jovens também está. Por este motivo, os jovens estão a fazer-se ouvir e a exigir uma mudança. Querem um mundo onde possam escrever a sua própria história, em vez de ser outrem a escrevê-la por eles. Mas para que isso aconteça, terão que transpor barreiras estruturais e institucionais, bem como a falta de espaços de participação.
Este ano, o Dia Internacional dos Direitos Humanos é subordinado ao tema “a juventude mobiliza-se em prol dos direitos humanos” – pois só incluindo os jovens poderemos construir um mundo sustentável.
Trabalhar com e para os jovens é uma das principais prioridades da UNESCO. A visão dos jovens enquanto parceiros e atores chave para o desenvolvimento e para a paz está no centro da Estratégia Operacional da UNESCO para a Juventude (2014-2021), que abarca todos os domínios de ação da organização. Em parceria com redes juvenis bem estabelecidas, a UNESCO apoia iniciativas lideradas por jovens que fomentam a
inovação e a transformação social, promovem o conceito de cidadania global e previnem o extremismo violento.
A educação desempenha um papel crucial na defesa dos direitos humanos. Desde 1953, a UNESCO mobiliza as escolas incentivando-as a unirem forças e a partilharem conhecimentos e experiências. Atualmente, a Rede de Escolas Associadas da UNESCO reúne mais de 11 5000 estabelecimentos em 182 países em torno de duas prioridades para a educação no mundo de amanhã: a educação para a cidadania global, que contribui para moldar a tomada de consciência de uma identidade universal, e a educação para um desenvolvimento sustentável.
Amanhã, os jovens tomarão o controlo das nossas sociedades e do nosso planeta. Amanhã, assumirão a tarefa de construir um mundo mais justo e sustentável. No entanto, ao concentrarmo-nos no futuro desta juventude, não nos devemos esquecer que os jovens têm o direito de herdar um mundo em que possam viver – viver bem e viver decentemente. Este é o nosso dever – o dever que temos hoje enquanto adultos. Como afirmou Malala Yousafzai, “os adultos devem compreender que quando os jovens se manifestam, estão a pensar no seu futuro”.
Audrey Azoualy
Mais informações em:
https://en.unesco.org/commemorations/humanrightsday
https://en.unesco.org/courier/2018-4
https://www.un.org/en/observances/human-rights-day
https://www.un.org/en/udhrbook/
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