Temporada “Nova Música” – Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins

0
46
OPGB Temporada Nova Música

Projeto “Nova Música”, organizado pelo Clube Associação Cultural de Plectro, terá início dia 9 de Fevereiro no Teatro Ribeiro Conceição em Lamego.

No decurso de uma demanda contínua em busca de uma afirmação  musical que aos poucos se vai confirmando, a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins – OPGB aposta num projeto para 2025 que, para além de dar a conhecer a dinâmica de trabalho deste coletivo de instrumentistas, vai também proporcionar às populações de um conjunto de localidades situadas no Norte e Centro do país a fruição melódica (e também harmónica, já agora) de 5 novas obras através de 5 concertos. 

O projeto pertence à Associação Cultural de Plectro, entidade que tutela a OPGB, e consiste na criação de 5 obras originais para orquestra de plectro por 5 compositores portugueses, que serão estreadas numa mão cheia de concertos (4 dos quais em espaços pertencentes à Rede de Teatros e Cineteatros – RTCP).  

Agenda dos concertos

No que concerne às geografias territoriais percorridas e aos respetivos programas, o ‘toque de partida’ será feito em Lamego, no icónico Teatro Ribeiro da Conceição, com o primeiro dos concertos previstos, numa récita em que se fará a estreia mundial da obra “String Theory”, da compositora Ângela da Ponte, o espetáculo está marcado para as 16h00, com a orquestra a ser dirigida pelo maestro Fernando Marinho. Sobre esta obra, a compositora parte de uma espécie de memória descritiva e propõe uma reflexão prévia aos potenciais espetadores e ouvintes:

“𝘔𝘶𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘧í𝘴𝘪𝘤𝘰𝘴 𝘢𝘤𝘳𝘦𝘥𝘪𝘵𝘢𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘢𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘵í𝘤𝘶𝘭𝘢𝘴 𝘧𝘶𝘯𝘥𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘢𝘪𝘴 𝘥𝘰 𝘶𝘯𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘰 𝘴ã𝘰 𝘤𝘰𝘳𝘥𝘢𝘴 𝘷𝘪𝘣𝘳𝘢𝘯𝘵𝘦𝘴, 𝘤𝘶𝘫𝘢𝘴 𝘰𝘴𝘤𝘪𝘭𝘢çõ𝘦𝘴 dão 𝘰𝘳𝘪𝘨𝘦𝘮 𝘢 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘩𝘦𝘤𝘦𝘮𝘰𝘴. 𝘕𝘢 𝘵𝘦𝘰𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘥𝘢𝘴 (𝘴𝘵𝘳𝘪𝘯𝘨 𝘵𝘩𝘦𝘰𝘳𝘺), 𝘰 𝘶𝘯𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘰 é 𝘵𝘦𝘤𝘪𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘥𝘪𝘮𝘦𝘯𝘴õ𝘦𝘴 𝘰𝘤𝘶𝘭𝘵𝘢𝘴 𝘦 𝘱𝘢𝘥𝘳õ𝘦𝘴 𝘩𝘢𝘳𝘮ó𝘯𝘪𝘤𝘰𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘶𝘭𝘵𝘳𝘢𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘮 𝘰𝘴 𝘭𝘪𝘮𝘪𝘵𝘦𝘴 𝘥𝘢 𝘯𝘰𝘴𝘴𝘢 𝘱𝘦𝘳𝘤𝘦𝘱çã𝘰. 𝘐𝘯𝘴𝘱𝘪𝘳𝘢𝘥𝘢 𝘱𝘰𝘳 𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘤𝘰𝘯𝘤𝘦𝘪𝘵𝘰, 𝘦 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘢𝘰 𝘥𝘦𝘴𝘢𝘧𝘪𝘰 𝘱𝘳𝘰𝘱𝘰𝘴𝘵𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘢 𝘖𝘗𝘎𝘉, 𝘦𝘴𝘵𝘢 𝘱𝘦ç𝘢 𝘵𝘳𝘢𝘯𝘴𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢 𝘢 𝘵𝘦𝘰𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘳𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘶𝘮 𝘶𝘯𝘪𝘷𝘦𝘳𝘴𝘰 𝘴𝘰𝘯𝘰𝘳𝘰, 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘮ú𝘭𝘵𝘪𝘱𝘭𝘢𝘴 𝘳𝘦𝘴𝘴𝘰𝘯â𝘯𝘤𝘪𝘢𝘴 𝘦𝘮𝘦𝘳𝘨𝘦𝘮 𝘥𝘢 𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘢çã𝘰 𝘥𝘪𝘯â𝘮𝘪𝘤𝘢 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦 𝘨𝘳𝘶𝘱𝘰𝘴 𝘪𝘯𝘴𝘵𝘳𝘶𝘮𝘦𝘯𝘵𝘢𝘪𝘴 𝘦 𝘤𝘰𝘮𝘱𝘰𝘯𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘦𝘭𝘦𝘵𝘳ó𝘯𝘪𝘤𝘢, 𝘤𝘳𝘪𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘶𝘮 𝘤𝘰𝘴𝘮𝘰𝘴 𝘮𝘶𝘴𝘪𝘤𝘢𝘭 𝘦 𝘪𝘮𝘦𝘳𝘴𝘪𝘷𝘰.’’

Depois deste autêntico convite da criadora musical a escutarmos em modo pioneiro a obra, a OPGB propõe novo concerto, desta feita no Teatro Helena Sá e Costa, no Porto. Deste modo, Fátima Fonte estreará a mais recente partitura com a sua chancela intitulada “Salema” e que contará para o efeito com a participação instrumental de um(a) executante de harpa enquanto solista. Em abril as coordenadas musicais andarão pelo Cineteatro António Lamoso, em Santa Maria da Feira. A Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins irá interpretar a obra encomendada ao compositor Pedro da Silva, no dia 12 de abril.

O trilho musical prossegue até Oliveira do Bairro, onde a 11 de maio, no Quartel das Artes, decorrerá um outro concerto tendo em vista a mais recente criação de Hugo Vasco Reis.

Por seu turno, o Cineteatro de Estarreja acolherá a 20 e/ou 21 setembro (será neste final de semana, esperando-se no mais breve trecho a confirmação da data definitiva) o espetáculo que vai tributar os méritos da criação musical produzida para este fim por José Carlos Sousa, que se sabe incluirá trechos para madeiras e percussão. Finalmente, no dia 26 de outubro, como corolário de todas estas apresentações e do material registado em gravação, decorrerá no âmbito do FIMP – Festival Internacional de Música de Plectro, no Auditório de Gondomar, a apresentação ao vivo e lançamento do CD com todas as obras. 

Importa salientar que a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins, fruto da sua aposta na versatilidade e ecletismo musical, tanto aposta em tocar com músicos associados ao género Fado ou à Pop Nacional, como são os casos de Cuca Roseta e Tiago Nacarato, ou até à worldmusic de Hamilton de Holanda, como de igual modo convocar os compositores mais eruditos para o seu repertório.  

Este projeto conta com o apoio da DGArtes e Antena 2.

A OPGBACAssociação Cultural de Plectro, nasceu dia 18 de Novembro de 2010, tendo adotado a sigla OPGBAC. É um projeto que tem como objetivo a dinamização e difusão da música de plectro no panorama musical nacional. Se no que diz respeito à Guitarra, tudo funciona dentro da normalidade com cursos superiores e conservatórios a lecionar o instrumento, nos restantes instrumentos de corda beliscada muito há por fazer. Não desvalorizando os demais, a OPGBAC tem-se focado na promoção do Bandolim por este ser de vital importância numa Orquestra de Plectro. Para o Bandolim foram compostas obras pelos nomes mais sonantes da história da música como Vivaldi, Caldara, Mozart, Hummel, Beethoven, Verdi, Mahler, Schoenberg, Webern, Boulez … 

Desde 2015 sediada em Gondomar, no Centro Cultural Amália Rodrigues, Rio Tinto, a OPGBAC – Associação Cultural de Plectro tem várias valências: a principal é a Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins (OPGB), grupo que tem recebido os mais rasgados elogios pelo caracter original da sua sonoridade e pelo rigor interpretativo apresentado. Ultimamente surgiram mais projetos: Uma escola de música que se focaliza no ensino dos instrumentos de corda beliscada. Os Estágios internacionais, que trazem Maestros e Professores reconhecidos a Portugal; e mais recentemente o Festival Internacional de Música de Plectro.