No Labirinto das Artes, as visitas são feitas à luz de uma lanterna que ilumina o percurso e conduz o olhar pelos murais, criando uma envolvência especial. O novo centro interpretativo do grafismo conta com dez salas a retratar diferentes períodos, devidamente contextualizados pelo guia: primeiro, uma caverna do Paleolítico, seguindo-se um longo corredor temporal que atravessa a Idade dos Metais, o Antigo Egito, a Grécia Antiga, o Império Romano, a Idade Média, o Renascimento, o Neoclassicismo, o Impressionismo e os diferentes movimentos artísticos do séc. XX (Expressionismo, Cubismo, Surrealismo, Pop Art…). No final, há ainda a reprodução de uma obra de Vhils, provavelmente o artista urbano português mais conhecido da atualidade. Um apontamento a reconhecer a necessidade inesgotável de gravar e de comunicar através dos murais.
O projeto, instalado numa quinta de Requião, uma freguesia rural de Vila Nova de Famalicão, é o culminar de 14 anos de atividade d’A Casa do Lado. Durante este período, o centro artístico realizou inúmeras intervenções de arte pública.
A visita ao Labirinto das Artes, com cerca de duas horas, tem sempre associada uma oficina. Em cada ano, as atividades teóricas e práticas estarão concentradas numa época, para uma abordagem mais profunda. Até abril de 2020, o foco aponta ao Paleolítico, associando-se ao Museu do Côa para a realização de palestras e exposições sobre arte rupestre. Durante a semana, o centro interpretativo acolhe apenas escolas, tendo já protocolos com o município de Famalicão para receber alunos do pré-escolar e do primeiro ciclo. Ao sábado, as portas estão abertas à comunidade, para perceber, afinal, que isto de pintar paredes já se fazia há milhares de anos.
Para saber mais: https://www.acasaaolado.com/labirinto