Dia Mundial do Teatro celebrado pelos Clubes para a UNESCO

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A Comissão Nacional da UNESCO marcou presença nas iniciativas organizadas no âmbito do Dia Mundial do Teatro pela Academia de Teatro Tin.Bra, em parceria com a delegação do IPDJ de Braga, e pela Companhia de Teatro de Balugas, três membros da Rede de Clubes para a UNESCO.

Criado pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI) – fundado por iniciativa da UNESCO e parceiro oficial da Organização desde então –, o Dia Mundial do Teatro celebra-se anualmente a 27 de março, promovendo a paz e o entendimento entre os povos através das artes cénicas.

Na sexta-feira, 28 de março, a peça Os Ativistas, de Alexandra Moreira, subiu ao palco com os talentosos alunos da Oficina de Teatro Externa da Escola Secundária Carlos Amarante. Através da sua interpretação, refletiram sobre o papel dos jovens na sociedade, abordando temas fundamentais como direitos humanos, igualdade de género e liberdade de expressão.

Na manhã de sábado, 29 de março, os “Viajantes do Passado”, vindos do século XIX e vestidos a rigor, percorreram as ruas do centro de Braga. A sua deambulação foi uma verdadeira aula de história ao ar livre, onde o património material e imaterial se entrelaçaram.

A Academia de Teatro Tin.Bra trouxe para palco – tanto em sala como na rua – temáticas atuais e pertinentes. Com estas primeiras iniciativas enquanto membro da Rede de Clubes para a UNESCO, demonstrou estar plenamente alinhada com os valores da Organização.

O Theatro Gil Vicente, em Barcelos, acolheu a primeira edição da Gala de Entrega dos Prémios Gil Vicente de Teatro Amador Europeu, organizada pela Companhia de Teatro de Balugas. Estes galardões, criados para celebrar “a originalidade, a criatividade e o compromisso do teatro amador na Europa”, destacaram na categoria de Melhor Projeto Artístico a companhia eslovaca Ján Chalupka Theater Ensemble e, na categoria de Melhores Causas Teatrais, o projeto franco-alemão InterKultour. A terceira categoria, dedicada ao Melhor Texto Original, não teve atribuição nesta edição inaugural.

A noite de sábado encerrou com A Felicidade Roubada, da companhia Malanka Theater, da Ucrânia. Esta peça, que aborda a condição da mulher na sociedade, o amor, o medo e a dor, emocionou o público pela intensidade e a excelência performativa das suas atrizes, transcendendo barreiras linguísticas apesar de ser apresentada em ucraniano.

A segunda edição da Gala regressará a Barcelos em 2026.

Foram dois dias intensos, repletos de teatro, que reforçaram a ideia de que esta arte dá voz às inquietações, questiona realidades e inspira a transformação através da emoção e da reflexão.