Este Encontro assinalou os 10 anos da Casa do Tempo enquanto Clube para a UNESCO, um compromisso assumido em 2015 com a Comissão Nacional da UNESCO (CNU) de defender e promover os valores fundamentais da educação, cultura, ciência, direitos humanos e paz, proclamados pela Organização. Desde a sua inauguração, a Casa do Tempo tem colaborado com instituições locais, regionais e nacionais na promoção de valores, património, entre outros, que visam o desenvolvimento humano e o desenvolvimento do território. No uso da palavra, Ana Paula Ormeche, Técnica Superior para a Comunicação e Clubes para a UNESCO da Comissão Nacional da UNESCO, enalteceu o trabalho desenvolvido pela Casa do Tempo de Cabeceiras de Basto, assegurando que “vale a pena trilhar este caminho”. E confirmou: “(…) percebemos, desde logo, que esta Casa do Tempo permaneceria no tempo”. Ainda na sessão de abertura, Clara Cabral, Técnica Superior para a Cultura da Comissão Nacional da UNESCO, fez uma reflexão – através de gravação vídeo – sobre a Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial. No primeiro painel dedicado à “Importância da Integração na Rede de Clubes para a UNESCO – Os benefícios e desafios de pertencer à Rede de Clubes para a UNESCO” participaram, como oradores, Anna-Paula Ormeche; Pedro Silveira, coordenador do Clube para a UNESCO Casas e Lugares do Sentir; Fernando Guedes Pinto, presidente do Clube para a UNESCO da Cidade do Porto; e Miguel Bandeira, presidente do Conselho de Administração da Fundação Bracara Augusta. No segundo painel “Histórias Contadas. Memórias Guardadas – A importância da preservação do Património Cultural Imaterial” intervieram Jorge Sampaio do Clube para a UNESCO Entre Gerações, bem como Albertino Gonçalves, professor (aposentado) do Departamento de Sociologia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho. Foi, igualmente, apresentado o projeto “Histórias Contadas. Memórias Guardadas” do Clube para a UNESCO Casa do Tempo. À tarde, depois de uma visita à Casa da Lã de Bucos, decorreu na Casa do Tempo o terceiro painel “Provérbios: A Sabedoria Popular”, onde foram abordados “O papel dos provérbios na transmissão de valores e saberes populares” e “Atividade interativa com o público: O que dizem os nossos provérbios?” pelo coordenador do Clube para a UNESCO de Paremiologia, Rui Soares. Destaque especial para a inauguração da exposição “Provérbios Ilustrados”, cedida pela Associação Internacional de Paremiologia/ International Association of Paremiology (AIP-IAP), uma ONG da UNESCO, sediada em Tavira, reconhecida como a única entidade a nível mundial dedicada ao estudo científico dos provérbios e que dinamiza o Clube UNESCO de Paremiologia – Tavira (CUP-T). A presença desta exposição em Cabeceiras de Basto representa um motivo de grande prestígio, valorizando a Casa do Tempo e o concelho de Cabeceiras de Basto, ao acolher um contributo singular no campo da sabedoria popular, da identidade linguística e do património imaterial. Este Encontro Nacional, organizado em colaboração com a Comissão Nacional da UNESCO, reuniu Clubes para a UNESCO de todo o país num momento de reflexão, diálogo e de partilha de experiências, reforçando a importância da integração na Rede de Clubes para a UNESCO como instrumento essencial para a promoção ativa dos princípios da UNESCO a nível local. Com a realização desta iniciativa, a Casa do Tempo pretende reforçar o seu papel enquanto agente ativo na promoção dos valores universais da UNESCO, aprofundar os laços dentro da Rede de Clubes para a UNESCO e consolidar uma década de trabalho ao serviço da cidadania, da cultura e da valorização do território e das suas gentes.
